O invólucro de certezas que inda sorvo
Adorna o panorama por onde caminho
O cheiro agridoce da espera que absorvo
Transforma a ilusão num cais, num ninho
Atraco a embarcação; meu pergaminho,
e espanto as letras turvas qual um corvo
acompanhada de um velho e bom vinho
que embriaga a inspiração e me comovo
E se a melancolia ousa se acender, portanto
Ainda que com loucas falcatruas, tramando
Possuo o comando desta investida abissal
Verso e com o reverso teço um manto-encanto
meu cais, meu ninho, vão se modificando:
poemo sóis e luas, dissolvendo o temporal
PANORAMA - Glória Salles & Lena Ferreira
Uma honra compartilhar o mesmo espaço contigo,outra vez, querida.
ResponderExcluirObrigada pelo prazer da parceria.
Bjs