Encontramo-nos,
Entre amigos ou na multidão sem nome...
Enquanto nossa voz fala de coisa à toa
Disfarçando o que somos,
A imaginação voa... e a palavra some!
Olhamo-nos,
Olhares tímidos, face ruborizada
A voz embriagada de sonhos
Mãos nervosas a ocultarem vontades
Lábios mordiscados nos cantos
Falamo-nos...
No significado de tudo dizer calado,
Desejo de fazer o que não devemos,
Tanto e tanto, entendemos
A linguagem de nosso olhar cruzado!
Tocamo-nos!
E foram toques tão sincronizados
Um balé de desejos tão alvoroçados
Rendidos, os dois, ao insano pecado
Do total prazer... Sem ser notado!
- Separamo-nos, como dois meros conhecidos,
Levando a cumplicidade implícita desse amor proibido...
Telma Moreira & Lena Ferreira – 16-08-09
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