Um verso meio torto veio
capengando em contramão
derrapou nas artimanhas
escorregando na paixão
quando quis ficar distante
do poema decadente
ficou preso à rima então...
Debateu-se, fez pirraça
suas asas querendo soltar
romper o elo da corrente
queria, livre, no vento voar
já cansado e muito abatido
soltando um mudo gemido
melhor mesmo é me entregar...
E assim verso vencido
num poema distraído
com um tema singular
discorreu noutra vertente
revidou inconseqüente
sem nenhum aviso prévio
novamente quis mancar...
Mas tomado de outro impulso
mudou de meta e percurso
resolveu se apaixonar...
Marçal Filho / Lena Ferreira
Minas/Rio
26/11/2009
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