segunda-feira, 30 de maio de 2011

VESTIDO IN''VERSO

Visto o acaso do verso
Valso sílabas soltas
Salto do alto o reverso
Para em cascata molhar tua boca

Giro nas horas tamanhas
Me cubro de todo jardim
Sou um verbo ardente em entranhas
Me embriago em dança e jasmim

Não sou ar rarefeito
Não faço rima sem fim
Mas no abraço desse momento
Me entrego ao poema
Adormeço em ti!

Acordo bordada de rimas
Tantas que enciuma a poesia
Avessa a melindres toscos
A umbigos exacerbados e desnudos

Então, mergulho na saliva acesa
Tesa e tensa, a alma se lança
Vai ao encontro do teu verbo
Que na fluidez do compasso avança
Para não te esquecer jamais!

Larissa & Lena
Jardineira e Serena

AS PESSOAS DE PESSOA

AS PESSOAS DE PESSOA -feito on line no facebook
(Lena Ferreira & Andrea Garçoni) 

São tantas..são poucas.. 
são sãs...são loucas!!! 
são delírios, são catarses, 
são fingidas?, são mentiras? 
são perfídia? 
ou são verdades, 
claridades à luz do dia? 

De certo, seria bruma densa 
que pensa ser brisa ou vento leve 
que pensa seria ser séria tempestade 

Somos réles, somos nobres 
somos riccos, somos pobres! 
Somos inspirados, somos nada,
somos sonhos, 
somos passado presente, 
futuro e vanguarda!... 

Pessoas...que pessoas???? 
As que estão sempre navegando...
seja no leme da embarcação, na proa, 
à deriva ou no mar da imaginação 

É preciso lapidar, 
qual seja a direção 
Navegar é preciso.... 

Pessoa sempre teve razão!!!! 
É preciso arriscar, 
qual seja a direção 
Navegar é preciso.... 
Pessoa sempre teve razão!!!! 

Navegar é preciso; 
necessidade e precisão!
Viver não é preciso; 
é constante indecisão...

domingo, 29 de maio de 2011

NERD'S BLUES


(André Anlub & Lena Ferreira)

Subsídios voam através do tempo
Palavras, sons, música e poesias
Dão carga na bateria do contentamento
Impondo vida, expondo tudo, a todo o momento.

E voam a céu aberto, alargam a mente
impactando, provocando reações
incomodando os tantos descontentes
revelando ao mundo considerações


correria na frente da velocidade da luz
que transcende o entendimento
que outrora era a era do conhecimento
 no momento transforma-se em tempos de informação.

E informados vão além do próprio Tempo
avançam, alavancando o eixo torto
ventando a mudança do Novo Vento
ressuscitando o verbo que ia morto

sexta-feira, 20 de maio de 2011

POEMA ROMÂNTICO


(Lena Ferreira & André Anlub)


E das cores pintadas no
espaço
eu escolho a mais bela,
a brilhante
colho o sol dos seus
olhos castanhos
e me faço em sorrisos
e em abraços

Resgato a pureza, o
toque e odor
elixir da liberdade da
alma
de um instante que
torna-se eterno
meu recanto do mais
puro fervor

E das pétaals de
flores, suavidade
e o perfume que
embriaga minha alma
levemente me refaço do
cansaço
lentamente me conecto
com o Supremo

E no sonho, o afago, eu
espremo
E em você sou mais
forte, mais um passo
coração resistente,
puro aço
o meu sangue, corre
quente, eterno amor

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ESPINHA NA GARGANTA




Há um aro pendente
entre os dedos
e nos cabelos
fios de esperança
quebradiça

Há um corte rente
na cutícula
e na mente
imagens retorcidas
pela vida

Há um perfume doce
pelo quarto
e nos pulsos
adorno de aço
marca o laço

Há um tom acidulado
na voz
e na garganta
uma espinha pontuda
espeta
os
nós

Lena Ferreira e Dhênova
16/05/2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Entr'estreitos

Entre o eufemismo e o paradoxo
há um contraponto borbulhante
que enxerga a profundeza do lago


ostras, riscos, areia, lodo, limo, lança

bússola convidativa

Navega em águas calmas, tranquilas
por mares desconhecidos
braçadas na rota rota sem rumo, sumo

Insustentável peso das caudas
derruba o pescado no fundo falso

freme a flâmula faroleira faiscada de fogo factuo

Flutuamos finalmente

Bia Cunha,  aLcÊu MARinho & Lena Ferreira
09/05/2011

NÃO SER IGUAL NÃO SENDO DIFERENTE

O meu diferencial vem do meu interior
Sua mudança à sua força está amarrada
Não há nada que o outro possa supor
Em mim, que seja verdade inventada.

Sim é sempre sim, igualmente para não
A indecisão só traz sofrer para as almas
Falo, sempre, o que vai ao meu coração
Com isso, livro-me de possíveis traumas

Não ser igual, não quer dizer ser diferente
Está simplesmente na forma do meu pensar
Expresso em todas as atitudes do meu viver

Caminhando com passos leves e coerentes
Pensamentos e atitudes lado a lado a andar
Vejo no mínimo o máximo para meu crescer.

Lena ferreira / ღRaquel Ordonesღ
RJ – MG

sábado, 7 de maio de 2011

VULCÂNICA

Vulcânica e abrasiva
derreto o gelo de tuas palavras
a língua de minha alma
a percorrer mentiras torpes

Flamejantemente verídica
escorro por tuas paredes nefastas
corroendo o mel de tuas lástimas
num profundo fumegar de adeus

Empírica e resoluta
ateio brasas nos teus olhos surdos
acordando a ilusão sincera
diluída em mármores imundos

E se me calo...
silenciando mansamente minhas verdades
não esqueças que sou vulcão sereno
adormecido por mera comodidade

Mas quando falo..
vomitando internamente minhas lavas
não esqueças que sou vulcão extinto
com uma fome desesperada de jorrar.

Lena Ferreira & Marcia Poesia de Sá

segunda-feira, 2 de maio de 2011

BREVE

Finjo ser um
fingidor
Das dores que deveras sinto
Das esmolas que mendigo
Das migalhas
Dos respingos
Do que digo que não sinto
Do que sinto...
...Apenas dor.

Finjo ser o criador
Das falas que já existem
Dos sonhos que tanto insistem
Das ilusões
Dos enlevos
Dos que ouço e não repito
Do que foi dito
...e não escrito.

Finjo fingir e
criar
O suposto
verbo amar
E toda a
criação

Finjo ser
ilusão
Imortalizada e
concedida
Consentida
pela vida
E por toda
inspiração.

Mavie Louzada &Lena Ferreira

CONVITE

RECRIARTE

Tenho ficado por muito tempo
Num lugar que não conheço...
Desconheço-me, diante de tal apatia
Tal angústia que paralisa
A mente
A face
A carne
A alma que
cria...

Sinto o corte
rompendo as veias
que esvaem-se em sangue lento
e deitam-se com o pranto alheio
nesse mar de certezas incertas
que tenta me derrubar com ondas ilusórias

Resisto...
Insisto...
Persisto...

[Re]invento
Atento
No intento
De recriar-me
Através da arte
Que invento.

Mavie Louzada e Lena Ferreira.