Vejo além, muito além do rumor da leitura
Uma inquietude larga que o verso propaga
É a alma do escriba que escreve na lonjura
Que o DNA não apaga, incutido na rima amarga
.
Algo de estranho corre por trás daquela escrita
Ora ele ilumina os vales, as estradas e as casas
Ora ele fulmina com chalés, paisagens e lindas matas
Incendiando a alma do leitor, culmina em brasas
.
Mas pensando bem não é nada muito estranho
Somos poetas e quantas almas nós temos
Deixá-las falar em profusão é o que devemos
.
Não nos prendamos em conceitos tacanhos
Soltemos a língua das tantas letras que gritam
Aliviemos em versos a exaustão da alma aflita
.
Decimar Biagini e Lena Ferreira
2401/2010
VERSOS SINTÔNICOS é o resultado da união de almas poéticas em versos entrelaçados. Muitos são os amigos que me deram a honra e o prazer de parceriar. Experiência única e linda, onde um poeta adentra o sentir do outro com tamanha intensidade que tem-se a impressão de que apenas uma pessoa escreveu...Confira.
TANTAS...
domingo, 24 de janeiro de 2010
COISAS DA NATUREZA
Um cacto com a sua aspereza
tem este jeito rústico de ser,
tosco e inculto, pode parecer
mas isto é próprio de sua natureza.
Um homem com a sua rudeza
afasta as pessoas ao seu redor
mas se agisse com delicadeza
a sua vida seria bem melhor
O ser humano pode melhorar
o seu jeito de ser e de tratar
o mundo que o cerca e o escolhe.
Já que tudo o que faz, tem o retorno
Não praticando o mal, não há transtorno,
cada um tem a vida que escolhe.
(Camélia La Blanca & Lena Ferreira)
tem este jeito rústico de ser,
tosco e inculto, pode parecer
mas isto é próprio de sua natureza.
Um homem com a sua rudeza
afasta as pessoas ao seu redor
mas se agisse com delicadeza
a sua vida seria bem melhor
O ser humano pode melhorar
o seu jeito de ser e de tratar
o mundo que o cerca e o escolhe.
Já que tudo o que faz, tem o retorno
Não praticando o mal, não há transtorno,
cada um tem a vida que escolhe.
(Camélia La Blanca & Lena Ferreira)
sábado, 23 de janeiro de 2010
SUSTO
Minha pele arrepiou-se toda
Quando a palavra saiu de trás da porta
Desenfreada, livre e solta
Mostrando a sua cara tosca e torta
.
Meus olhos arregalaram-se um pouco
Quando avistaram seu insensível rosto
Desgrenhado, perdido e louco
Na boca, língua oprimida por desgosto
.
O coração palpitou sobressaltado
Nas ondas das lágrimas que escorria
Pois não esperava um dizer armado
Com indiferença, julgamento e ventania...
.
Minha alma compreendeu, com custo,
Que toda aquela desesperada situação
Não foi nada mais que um grande susto
Fruto da minha tão fértil imaginação
Depois do susto, com carinho e mil dedos
Dizia-me segurando um lindo buquê na mão
Que o mistério do medo tem seus segredos
Eternamente inscritos, com amor, no coração.
(Janete do Carmo & Lena Ferreira)
Palestina/ Rio de Janeiro
2301-2010
Quando a palavra saiu de trás da porta
Desenfreada, livre e solta
Mostrando a sua cara tosca e torta
.
Meus olhos arregalaram-se um pouco
Quando avistaram seu insensível rosto
Desgrenhado, perdido e louco
Na boca, língua oprimida por desgosto
.
O coração palpitou sobressaltado
Nas ondas das lágrimas que escorria
Pois não esperava um dizer armado
Com indiferença, julgamento e ventania...
.
Minha alma compreendeu, com custo,
Que toda aquela desesperada situação
Não foi nada mais que um grande susto
Fruto da minha tão fértil imaginação
Depois do susto, com carinho e mil dedos
Dizia-me segurando um lindo buquê na mão
Que o mistério do medo tem seus segredos
Eternamente inscritos, com amor, no coração.
(Janete do Carmo & Lena Ferreira)
Palestina/ Rio de Janeiro
2301-2010
BASTARDOS INGLÓRIOS
Desfilavam suas armas; notórios
Mãos sangradas de sangue alheio
Tão pomposos; coitados, inglórios
Incontidos em crueldade sem freio
Tolos guerreiros à beira do purgatório
Soldados ocos sem ideais nem razão
Pobres folhas voando de modo aleatório,
Águas de um rio que para o mar dão vazão
Desfilam suas verdades cruas; iludidos
Mal sabem estarem todos tão perdidos
Nessa guerra alimentada pela cegueira
Homens-Zumbis pela vida agredidos
Como abortos pelo ódio eclodidos
Vivendo a vida/morte carniceira
Lena Ferreira e K.chiabotto
Mãos sangradas de sangue alheio
Tão pomposos; coitados, inglórios
Incontidos em crueldade sem freio
Tolos guerreiros à beira do purgatório
Soldados ocos sem ideais nem razão
Pobres folhas voando de modo aleatório,
Águas de um rio que para o mar dão vazão
Desfilam suas verdades cruas; iludidos
Mal sabem estarem todos tão perdidos
Nessa guerra alimentada pela cegueira
Homens-Zumbis pela vida agredidos
Como abortos pelo ódio eclodidos
Vivendo a vida/morte carniceira
Lena Ferreira e K.chiabotto
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
SONETO LIVRE À AMIZADE POÉTICA
Tu estás cada vez mais retilínea
Com rimas criativas e envolventes
Gosto das temáticas que alinha
E dos quatorze versos dependentes
Tu estás cada vez mais carismático
Com aproximações procedentes
Gosto de poetas assim simpáticos
E de seus versos que são cadentes
Tudo podemos nas canções em poesia
Na amizade poética e na bela melodia
No falar do amor em versos estridentes
Tudo podemos ao exaltar a harmonia
Na vida e na arte sermos sorridentes
Compondo versos condescendentes
Decimar Biagini e Lena Ferreira
2201-2010
Com rimas criativas e envolventes
Gosto das temáticas que alinha
E dos quatorze versos dependentes
Tu estás cada vez mais carismático
Com aproximações procedentes
Gosto de poetas assim simpáticos
E de seus versos que são cadentes
Tudo podemos nas canções em poesia
Na amizade poética e na bela melodia
No falar do amor em versos estridentes
Tudo podemos ao exaltar a harmonia
Na vida e na arte sermos sorridentes
Compondo versos condescendentes
Decimar Biagini e Lena Ferreira
2201-2010
A FÉ, UMA BOA ARMA
Eu tenho em meu coração o pranto
mas não chorarei, sou mulher de aço,
e antes que derrame, eu me refaço,
vislumbro no horizonte algum encanto.
Coberta com um divino e fino manto
azul celeste; o de nossa Senhora
aue tem-me socorrido a toda hora
entoarei o seu abençoado canto
A fé é o meu amparo e baluarte,
se tenho fé, me sinto protegida
e sei que estou segura em qualquer parte.
Sem fé não conseguiria transpor
tantas barras impostas pela vida
com fé, sei que vencerei o que for
(Camélia La Blanca & Lena Ferreira)
2201-2010
mas não chorarei, sou mulher de aço,
e antes que derrame, eu me refaço,
vislumbro no horizonte algum encanto.
Coberta com um divino e fino manto
azul celeste; o de nossa Senhora
aue tem-me socorrido a toda hora
entoarei o seu abençoado canto
A fé é o meu amparo e baluarte,
se tenho fé, me sinto protegida
e sei que estou segura em qualquer parte.
Sem fé não conseguiria transpor
tantas barras impostas pela vida
com fé, sei que vencerei o que for
(Camélia La Blanca & Lena Ferreira)
2201-2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
COLHEITA
Colhi hoje uma rosa amarela
e sinto o perfume do jasmim
que vem dali, do meu lindo jardim
que fica perto da minha janela
Donde vejo, qual uma aquarela
pintada pela mão de querubim
um quadro vivo sorrindo pra mim
eu nunca vi uma cena tão bela
Quem pensa em flores é flor
Quem à beleza se aplica
Pouco a pouco belo fica
Quem vê, na vida, somente a dor
A seta da tristeza indica
E o seu destino se complica
(Camélia La Blanca, Lena Ferreira & Diógenes Pereira)
21-01-2010
e sinto o perfume do jasmim
que vem dali, do meu lindo jardim
que fica perto da minha janela
Donde vejo, qual uma aquarela
pintada pela mão de querubim
um quadro vivo sorrindo pra mim
eu nunca vi uma cena tão bela
Quem pensa em flores é flor
Quem à beleza se aplica
Pouco a pouco belo fica
Quem vê, na vida, somente a dor
A seta da tristeza indica
E o seu destino se complica
(Camélia La Blanca, Lena Ferreira & Diógenes Pereira)
21-01-2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
ESTRELAS
.
Vem surgindo a lua cheia, grávida de poesia,
Num brilho intenso que meus olhos espelham.
Na alma, muitos versos logo se emparelham,
Para verem a poesia nascer, nessa noite fria.
.
A brisa que suavemente meus braços acaricia,
Sussurra em meus ouvidos as palavras ternas
Que em minha memória permanecerão eternas,
Quando em cálidas noites, de teus lábios ouvia.
.
O mesmo som que outrora atou nossos laços
Retorna provocando tremor; fico aos pedaços
Observando estrelas, como tu tão bem fazias...
.
Sinto uma imensa saudade de teus braços,
Quando me prendias em deliciosos abraços!
Ternas noites de amor, doces palavras dizias!
.
Lena Ferreira & Verluci Almeida
19/01/2010
Vem surgindo a lua cheia, grávida de poesia,
Num brilho intenso que meus olhos espelham.
Na alma, muitos versos logo se emparelham,
Para verem a poesia nascer, nessa noite fria.
.
A brisa que suavemente meus braços acaricia,
Sussurra em meus ouvidos as palavras ternas
Que em minha memória permanecerão eternas,
Quando em cálidas noites, de teus lábios ouvia.
.
O mesmo som que outrora atou nossos laços
Retorna provocando tremor; fico aos pedaços
Observando estrelas, como tu tão bem fazias...
.
Sinto uma imensa saudade de teus braços,
Quando me prendias em deliciosos abraços!
Ternas noites de amor, doces palavras dizias!
.
Lena Ferreira & Verluci Almeida
19/01/2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
ESTRELINHAS
Vem surgindo uma lua cheia, grávida de poesia
De um brilho tão intenso que meus olhos espelham
Na alma, muitos versos logo vem e se emparelham
Para verem a poesia nascendo, nessa noite fria.
E aqui, sozinha, observando as estrelinhas,
Sinto uma imensa saudade de teus braços,
Quando me prendias em deliciosos abraços!
Ternas noites de amor, doces palavras dizias!
Lena Ferreira & Verluci Almeida
Parceria de Bar - 18/01/2010
De um brilho tão intenso que meus olhos espelham
Na alma, muitos versos logo vem e se emparelham
Para verem a poesia nascendo, nessa noite fria.
E aqui, sozinha, observando as estrelinhas,
Sinto uma imensa saudade de teus braços,
Quando me prendias em deliciosos abraços!
Ternas noites de amor, doces palavras dizias!
Lena Ferreira & Verluci Almeida
Parceria de Bar - 18/01/2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
NUM CANTO
.
Quando olho no espelho, eu te vejo
A sorrir; sorriso manso como outrora
Mas vem-me a lembrança do teu beijo
Daquele dado quando foste embora
Abandonando tanto amor,à própria sina
Deixastes marcas bem fortes, imensas
Como no muro, em grafite, na esquina
Impressas junto a dores tão intensas
Enchem meus olhos de tristeza e pranto
Grossas lágrimas descem pelo meu rosto
Por que perdestes do amor todo encanto?
Por que deixastes em minha boca teu gosto?
Nem mesmo o sal deste amargo pranto
Que ora chega a encharcar meu leito
Não servirá para afogar, num canto,
A doce esperança que brota em meu peito.
(Lena Ferreira& Mazéh Lage)
1601-2010
Quando olho no espelho, eu te vejo
A sorrir; sorriso manso como outrora
Mas vem-me a lembrança do teu beijo
Daquele dado quando foste embora
Abandonando tanto amor,à própria sina
Deixastes marcas bem fortes, imensas
Como no muro, em grafite, na esquina
Impressas junto a dores tão intensas
Enchem meus olhos de tristeza e pranto
Grossas lágrimas descem pelo meu rosto
Por que perdestes do amor todo encanto?
Por que deixastes em minha boca teu gosto?
Nem mesmo o sal deste amargo pranto
Que ora chega a encharcar meu leito
Não servirá para afogar, num canto,
A doce esperança que brota em meu peito.
(Lena Ferreira& Mazéh Lage)
1601-2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
OUTRA CHAMA
Cheia de um vazio imenso
A aflição corroe meu peito
Causando inevitável efeito:
Alma, mente e corpo tensos...
Cheia de um grande vazio
Taça amarga já transborda
Comendo dores pela borda
Sinto meu verso por um fio...
Vejo a chama se apagando
Nas querências desse ardume
E uma tez que traz negrume
Sobrepõe a luz brilhando...
E então busco outra chama
Quero sempre em brilho estar
Minha paz vem no poema
Que acabei de recriar.
Lena Ferreira/Marçal Filho
Rio/Minas
15/01/10
A aflição corroe meu peito
Causando inevitável efeito:
Alma, mente e corpo tensos...
Cheia de um grande vazio
Taça amarga já transborda
Comendo dores pela borda
Sinto meu verso por um fio...
Vejo a chama se apagando
Nas querências desse ardume
E uma tez que traz negrume
Sobrepõe a luz brilhando...
E então busco outra chama
Quero sempre em brilho estar
Minha paz vem no poema
Que acabei de recriar.
Lena Ferreira/Marçal Filho
Rio/Minas
15/01/10
sábado, 9 de janeiro de 2010
INSPIRAÇÃO!
Minha amada, minha companheira
Porque fizeste isso comigo?
Tu, forte e destemida guerrilheira
Que em teus braços me ofereceu abrigo
Hoje, deixas-me assim, abandonada
A beira da fonte seca; já sedenta
Olhando-me com desdém, não fazes nada
Por quanto tempo meu peito aguenta?
Serei eu o culpado por tamanho abandono?
Não terei dado a ti todos os meus momentos,
Não terei sido teu, do inverno ao outono?
Se a fonte vai seca, encharca meu tormento
Retorna com o sopro teu; meu lenimento
Retira a minha poesia desse profundo sono
*k.chiabotto e Lena Ferreira*
Porque fizeste isso comigo?
Tu, forte e destemida guerrilheira
Que em teus braços me ofereceu abrigo
Hoje, deixas-me assim, abandonada
A beira da fonte seca; já sedenta
Olhando-me com desdém, não fazes nada
Por quanto tempo meu peito aguenta?
Serei eu o culpado por tamanho abandono?
Não terei dado a ti todos os meus momentos,
Não terei sido teu, do inverno ao outono?
Se a fonte vai seca, encharca meu tormento
Retorna com o sopro teu; meu lenimento
Retira a minha poesia desse profundo sono
*k.chiabotto e Lena Ferreira*
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