quinta-feira, 20 de setembro de 2012

NOVO TOM


NOVO TOM

Mostre-me as estrelas do teu céu
Mostrar-te-ei o que elas causam em mim
Com certeza, diluirei a neblina do teu véu
Assim vislumbrarás o alvor da minha pele cetim.

Mostre-me o teu verdadeiro eu
E mostrar-te-ei o meu melhor verso carmim
Beijarei com ternura cada parte do corpo teu
O desejo cresce e se afoga na saudade sem fim.

Mostre-me a reciprocidade das minhas querências
Juntemos nossas fomes de amor, vamos nos apetecer
E eu te mostrarei todas as minhas experiências
E com meu dom, darei um novo tom ao teu viver!

Diná Fernandes, Nelminha Barbosa,
Angela Chagas e Lena Ferreira

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MINHAS MÃOS EM TEU CORPO


MINHAS MÃOS EM TEU CORPO

Minhas mãos percorrem pelo teu corpo a te acariciar
Aos teus estremeços, percebo que te incendeio
Posso sentir o pulsar do teu peito a descompassar
Envolvidos num suave e amoroso enleio...

Com os lábios entreabertos sigo a te provocar
Tu me deixas tonta com o gosto dos teus beijos
Despertando sensações que me fazem voar
Levam-me até o céu e acendem meus anseios

Ondas de calor percorrem a minha pele nua
Coração bate descompassado como carrilhão
Pela certeza de que és meu e eu sou tua
Quero-te em meu ventre e em meu coração

Angela Chagas, Diná Fernandes & Lena Ferreira

terça-feira, 11 de setembro de 2012

ALIVIAMENTO



ALIVIAMENTO

O calor que vem de fora me sufoca
meu corpo inteiro é banhado de suor
fico mole, até um pouco dorminhoca
Depois fico quente como vapor...

O calor que vem de fora não me favorece
tumultua o pensamento, ferve a mente
deixa a minha vida conturbada, um estresse
o calor que vem de fora é inclemente.

Mas há o refrigério do amor, que como brisa
Chega suave tecendo carícias e alento
então, lentamente, minha alma sereniza
e o calor que vem de dentro, provoca aliviamento!


Angela Chagas, Lena Ferreira,
Diná Fernandes & Marisa Schmidt

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

UM GOSTO DE TARDE


UM GOSTO DE TARDE

Gosto do cheirinho do mar
que a brisa traz de mansinho
ondas leves num balançar
que me embalam em carinho...

Gosto de andar pela areia fria
sentir que me esquenta o pensamento
enquanto a alma ensaia uma poesia
com pássaros, flores, amores e vento .

Gosto de olhar o horizonte e ver além
do céu e de mim... Olho e espero
o Sol partir no entardecer que vem
fitar o universo, a lua, visando o eterno!

Angela Chagas, Lena Ferreira, Telma Moreira
Manu Nunes & Bia Cunha

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CUBRA-ME


CUBRA-ME

Eu quero amar como se fosse a primeira vez
e me entregar de corpo e alma; totalmente.
Deixar de lado toda a minha timidez,
e sentir na minha boca, tua saliva ardente...

Quero me deliciar nesse amor e ser muito amada,
à luz da lua, entre os lençóis de um puro linho,
dormir minh' alma em tua nudez, ser beijada,
lascivamente depois repousar contigo no teu ninho...

Vem, incendeia o meu desejo com tua chama,
amorteça meus anseios e aqueça o meu corpo,
com o libido fogo que em ti arde... e me ama.
Cubra-me com teus beijos amor, preciso de anticorpo!



Angela Chagas, Lena Ferreira, Manu Nunes & Telma Moreira

terça-feira, 28 de agosto de 2012

HIPÓTESES


HIPÓTESES


Imagine se não tivesse sol, lua e mar,
como seria, então, a nossa vida?
E dos pássaros, não pudesse ouvir o cantar,
seria vida sem graça,sem chegada nem partida.

Imagine se não houvesse céu, estrelas,
como seria, então, a nossa poesia?
O poeta a buscar, entre becos e vielas,
toda a sua inspiração com muita fantasia.

Imagine se não existisse amor, amizade,
como seria um fim de tarde sem um drink?
E a quem contaríamos as nossas novidades?
Ao vento selvagem, tão veloz quanto um clik!

Angela Chagas, Lena Ferreira, Diná Fernandes,
Telma Moreira & Nelminha

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

VIDA


VIDA

A brisa matinal traz um perfume raro
O dia se dissolve nas esquadrias da luz
Os braços ergo e aos céus um sorriso escancaro
O sol, sempre sorrindo, meus passos conduz.

Meus olhos agradecem a beleza deste espetáculo
Lágrimas, qual gotas de orvalho, escorrem no rosto
Contemplação que me cerca de estímulo...
Trazendo para a minha um novíssimo gosto.

Respiro o aroma de nuvens brancas
Aspiro alcançar o melhor que há em mim
A vida me chama como uma voz que não estanca
Sussurro amor e sangro em tons de flores "carmim".

Lena Ferreira, Diná Fernandes, Bia Cunha & Angela Chagas

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

TRAÇOS


Traços...

Riscaram no chão uns traços e círculo para chamar o Sol, logo que impetuosa chuva cai o apaga... E de novo riscaram o Sol no interior meu, logo as lágrimas caíram e apagou... De novo um sol surge, meia lua do mesmo e este fora feito apressadamente, não esqueceram o sorriso, logo formou-se lama e apagou... De novo um cenário no interior meu era novo os traços com sol, nuvens das mais diversas formas e gaivotas voando em bando e por fim em letras de forma escrito:
"Tua dor ou teu riso será sempre inspiração para meus rabiscos. Ass.: Poesia".

É,“não esqueceram o sorriso”, aquele traço de giz breve como a vida transforma- se agora em memória, a natureza na sua naturalidade não foi capaz de apagar da minha mente aquele círculo, embora vazio, se meus olhos são ladinos e se a inspiração voa como as gaivotas, em cada voo rasante havia um significado, captei cada traço poético deixado no ar, e, entre mim e o céu as palavras caíam como finos fios timbrando a minha folha branca. Tudo que a Poesia precisa é de memórias...

Sim, dessas memórias ainda faço riscos incertos e lanço-os nesse mar avolumado em ondas que, ora os engolem, vorazes, ora os devolvem à areia fria e exaustos, buscam fôlego para sobreviverem um pouco mais. Aspiram as últimas gotas do ar pesado que paira sobre as linhas tortas, mirando em desespero às nuvens gris grávidas de promessas improváveis mas não impossíveis. Espero um temporal...

Temporal de vozes que calem o silêncio e façam falar as vozes de mim, dos Eus e dos meus incontidos mistérios. Não. Não quero que me revelem. Que a Poesia sussurre-me. Confundam-me em sentidos, como um véu que marca a silhueta de um rosto, mas que não revela a cor dos olhos... Inspirem-se! Construam a imagem do sentir... Que o Eu seja apenas o borrado de retratos sobrepostas ou derretidos – Portinari, Dali, Frida, a ARTE que assine como poesia ou rabiscos...

O céu abre repentinamente num azul noturno e salpicado de luz...



Bia Cunha, Diná Fernandes e Lena Ferreira

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O CRIADOR E A CRIATURA


O CRIADOR E A CRIATURA

Ao acordar, agradeça a Deus por sua vida
Diante do espelho, dê o seu melhor sorriso
Acredite e invista em você, seja a sua melhor torcida
Se existe um inferno, transforme-o num paraíso

Saiba que o paraíso está bem pertinho, é só perceber
Se olhar com os olhos de boa vontade, enxergará
E a sua vida será mais feliz se você não esmorecer
Pois se Deus está consigo, contra você ninguém será

Cante, pule, dance e perceba como é bela a natureza
Como foi cuidadoso o Criador com toda a sua criação
As criaturas cabem o desenvolvimento desta beleza

Que o homem exclua dos seus hábitos, a devastação
Que os predadores se conscientizem de sua rudeza
Não sujem, não matem a sua fonte da alimentação

Angela Chagas, Lena Ferreira, Diná Fernandes & Marisa Schmidt

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

OS DESÍGNIOS DA MINH’ALMA


OS DESÍGNIOS DA MINH’ALMA

Além da linha do horizonte está o meu amor
É para lá que o meu pensamento sempre voa
Vai à busca de respostas, talvez algo consolador...
Para entender que amar não é uma coisa à toa.

Observo a imensidão da intenção, da ternura
Meu olhar que era perspicaz encheu-se de névoa
Meu coração está a procura de um pouco de doçura
Mas teima em navegar num barco sem polpa nem proa.

Navego além da linha do horizonte, preciso ancorar
Num porto bem seguro que devolva a minha calma
Onde eu possa solucionar os questionamentos e sonhar.

Onde eu possa me despir de todo e qualquer trauma
E viver verdadeiramente os desígnios da minh’alma
E todas as minhas tristezas transformadas em espumas.

Angela Chagas, Lena Ferreira, & Dina Fernandes.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

AGORA



AGORA...

Encontrei sobre a relva algumas flores do campo, suas folhagens frias e molhadas da chuva que passara. Percebi que suas pétalas se abriram com o calor dos fios solares que emanou entre as nuvens cinza e que tocou o chão, o ar e o semblante meu. Curvei-me com o intuito de tocá-las. Não colhê-las. Tenho ciência que se o Sol novamente se recolher elas se fecharão em espera, pois a ausência do calor silencia sua essência... Senti a umidade flutuando em cada pétala como aragem em semi-estio onde o frio vai e vem e tão bem que minha pele inteira estremeceu e os pelos dos meus braços nus formaram um pelotão de espinhos maleáveis mas eriçados e eu sorri; senti-me viva, sensível novamente...

Caminhei sobre a grama, e senti no toque dos meus pés uma energia incrível, o que na certa constata a minha sensibilidade... A sensação de estar viva realmente me deixou feliz. A brisa fresca que envolveu minha pele exalou uma fragrância de flores, que refrescou o pensamento, e combinou com os raios solares no porvir da minha esperança.

Assentei a poesia enquanto entorno a mente e o corpo para o céu fitar e o faço com os olhos bem aberto, piscando versos de gratidão ao Astro que chega em resposta aos meus pensamentos... Pensamentos de luz e paz. Logo contemplo o firmamento se entender num azul suave, partículas de nuvens se espalham dando lugar a uma leve garoa que chegou para abençoar o arco-íris que rompeu a tela gris e coloriu miraculosamente o inverno já passado, já sentido... Agora é brasa, é brisa, é brandura... Não teço um movimento, não posso irromper esta metamorfose... Eis que seja o momento de brandir os dedos em despedida ao que se foi, alçar o mais alto voo ao novo horizonte, ao momento novo de mim... Ao agora.


Angela Chagas, Bia Cunha e Lena Ferreira

O VENTO QUE VEM


O VENTO QUE VEM

Quem sente o vento vindo tão mansinho
Sente a brisa de meus lábios em desejo
Sente a sensação de todo esse carinho
Sente a cobiça por um longo beijo.

Acontece, que o vento vindo, às vezes surpreende
Pode soprar sentires ou despertar indagações
Infelizmente, da nossa vontade ele independe
E a brisa que era suave, pode sofrer perturbações.

Quem sente o vento vindo, não sabe ao certo
Se ele vai te fazer contente ou descontente
Se ele vai levar pra longe quem está tão perto...
Se ele vai te ungir do mal que às vezes sente!

Lena Ferreira, Manu Nunes,
Angela Chagas & Diná Fernandes.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

NA CORDA BAMBA



NA CORDA BAMBA

Ando ultimamente numa corda bamba
tentando equilibrar o meu pensamento
compenso e danço ouvindo um bom samba
mas procuro tomar cuidado com o vento .

A brisa sopra o meu vestido, subo no salto
E com minhas pernas nuas logo sou notada
Sou elegante, mantenho o prumo,sempre no alto
Nem os tantos olhares deixam-me desequilibrada.

Olhares famintos instigam e me envaidecem
Sinto-me bem e pressinto que estou iluminada
Meus pensamentos conflitantes, enfim, padecem.

Mas formosa e segura continuo minha caminhada
Sigo luminosa e busco as brisas que esvanecem
Insistente e otimista espero ser bem sucedida.

Angela Chagas, Lena Ferreira, Diná Fernandes.
Gustavo Drummond & Manu Nunes

terça-feira, 7 de agosto de 2012

ASPIRAÇÕES


Um sentimento de outrora aflorou-se 
como se nunca tivesse ido embora 
bateu na porta do meu coração,abortou-se
pondo pra dentro tudo o que havia fora.

Embora a saudade corte o meu peito, 
eu dou um jeito de estancar tamanha dor. 
E para enfrentar esse pleito... 
Contorno com o meu jeitão, animador.

Oh sentimento que dentro de mim mora. 
Acalma-te e revela ao meu eterno amado, 
todas as minhas aspirações, agora.

Diga-lhe o quanto eu o quero do meu lado, 
para secar as lágrimas, que tanto chora 
E enfim, compormos nossos gostos ansiados!

Angela Chagas, Lena Ferreira, 
Diná Fernandes & Manu Nunes.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

OUTRO DIA



E o domingo amanheceu, belo, ensolarado 
Um céu violáceo, deslumbrante visual 
O sol pendurou-se sorridente em minha janela 
fazendo companhia ao majestoso beija-flor.


Uma quentura gostosa anima o meu corpo 
Vibrações vigorosas, ânimos refeitos 
um anseio de amar em mim ,abrolha 
Intensa e inebriante é a sensação.


E a tarde aborda chuvosa em tons gris
Chora o arrebol mascarado de cinzas 
Resplandecendo a luz do amor num arco-íris.
Refletindo o sentimento, com esplendor e brilho.


Enfim, o domingo termina, e a noite traz o frio...
Desconfio que amanhã será um dia ainda mais bonito! 


AUTORES:


Angela Chagas, Diná Fernandes, Lena Ferreira.
Manu Nunes & Gustavo Drummond

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

SINFONIA ELOQUENTE


E a madrugada fez-se dia, novamente! 
E traz respostas que à noite, procurava 
Com certeza, réplicas envolventes... 
E na janela, um lindo pássaro cantava.


Seu canto, uma sinfonia eloquente 
Em paredes úmidas de um céu sereno 
Olho pela janela e vejo o sol brilhante!
Encho meu peito com um sentir  ameno 


O cantar dos pássaros me contagia 
Faz-me esquecer dos tolos lamentos 
Embalam as horas taciturnas e vazias 
Então desperto prum melhor momento


Angela Chagas, Lena Ferreira, Diná Fernandes & Bia Cunha

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A TERNURA QUE ME CEGA


Quero beijar o teu céu e amar as tuas estrelas 
Saborear o teu beijo, sentir a inveja da lua 
Pelas frestas do coração, poder tê-la 
Provar do agridoce da tua pele e ser só tua.


E me terás secreta, muda e de alma nua 
Quero sentir a sensação do teu corpo no meu 
Esqueceremos o que se passa pela rua 
anestesiada em teus abraços e nos carinhos teus.


Quero ter mais, já que a paixão é infinita 
Por entre o libido amor sinto o teu suspiro
Entre sussurros e segredos, sou-te bendita 


E de teu corpo, em cada beijo, uma peça tiro 
E no processo se revela a tua parte mais bonita 
Ternura que me cega, quando teu ar inspiro! 




AUTORES:


Angela Chagas, Diná Fernandes
Gustavo Drumonnd, Lena Ferreira
Telma Moreira & Manu Nunes

PROPOSTA


Enquanto meu coração for capaz de sonhar,
querer-te é sempre o melhor dos meus sonhos. 
Assim, faço-te meu e desse amor disponho
como o porto seguro onde posso repousar. 


E ao sentir teu suspiro em desejo, proponho 
que seja um canto bem suave teu suspirar. 
Enroscar teus cabelos como se fosse em sonho 
do qual nós dois não pretendemos despertar. 


Desejo para nosso existir um presente risonho: 
segredar ao teu ouvido os meus anseios, 
todos descritos nos versos que componho. 


E quando reveladas forem as nossas fantasias
saberemos evitar nossos antigos rodeios
para seguir vivendo as mais doces alegrias! 


AUTORES:


Diná Fernandes, Marisa Schmidt,
Manu Nunes, Gustavo Drummond, 
Angela Chagas, Lena Ferreira & Vania Viana

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

ENCANTAMENTO


Eu te judio, suspirando Neruda e cantarolando Chico. 
Com meus devaneios bagunço teus anseios...
E ao som da canção, te quero bem mais amorico 
Deliciando-se com todos os meus doces enleios 


E a cada momento, eu te cobiço e te amo demais 
Tenho fome do teu amor, das tuas habilidades 
Estou ciente de que me saciar, tu és muito capaz 
Basta que venhas e te faço todas as vontades 


Então venha meu amor, com todo o teu desvelo 
Encantar-me em teus braços, teus desejos 
Afoga-me em teus beijos e com todo o teu zelo 
Pois, há muito tempo, é isto que tanto almejo.




Bia Cunha, Diná Fernandes, Angela Chagas.
Lena Ferreira & Telma Moreira

terça-feira, 31 de julho de 2012

JUDIAÇÃO


Eu te judio, ofereço minhas costas nuas
enquanto queres que eu beije a tua boca 
entrego-te a sensação de querer ser a lua 
mas por favor, não penses que estou louca. 


Eu te judio, mas quero o conforto do afeto 
os sussurros que penetra e me faz ser tua 
pois sem te ter, meu peito sente-se incompleto 
não consigo sentir os frissons, e estou nua... 


Eu te judio, esquecendo as roupas pelo chão, 
sabendo que nelas buscarás o meu perfume.
pois já gravaste o odor da minha pele nos teus vãos.
e de mim nunca mais conseguirás ficar imune.


AUTORES:


Diná Fernandes, Lena Ferreira
Angela Chagas, Manu Nunes,
Bia Cunha

QUERO


Quero lavar a poeira do meu coração
eliminar os resíduos incrustados...
refazer-me de toda essa enorme aflição
que deixa os versos meus desanimados


Quero me consentir ser e estar 
Voar ou nadar – fechar ou abrir 
seguir em frente no amar e amar
pois deste verbo, não vou desistir 


Quero inventar outras luas
para iluminar o nosso existir 
- brisa, sol, folhas e ruas - 


Quero de novo sentir
e sermos em brasa e cores cruas;
quero suas coxas nuas, meu elixir 


Diná Fernandes, Lena Ferreira, André Anlub & Bia Cunha

SINA DE PALHAÇO


O espelho inverte o sorriso do palhaço
ora alegre, ora fora do foco 
Sempre sorrindo, acha que é de aço
ele permanece na lida, ainda em destroços.


Achando graça da imagem distorcida
brinca com as tantas lágrimas que caem 
e rolam por entre aspirações percebidas
em prantos de almas que desmoronam...


A sina do palhaço é criar uma felicidade
que ultrapasse a dor da alma ferida
Inda que seu sofrer seja verdade
o gargalhar é a cena preferida. 


Finge o sofrer que lhe fragmenta,
Disfarça-o com cores berrantes.
Vendo a vida em câmera lenta
sopra a morte por um instante... 


Mas um olhar criança lhe alimenta
envolvendo-o em seus sonhos distantes 
até que seu peito não mais aguenta
e explode num soluçar constante... 


AUTORES:


Bia Cunha, Angela Chagas,
Lena Ferreira, Marisa Schmidt
Cleusa Sotsab, Gustavo Drummond & Telma Moreira



SARAVÁ!


Vou lá... Compor minhas notas
poéticas, sem métricas. De paz... 
quiçá, bem ritmadas em orlas dispostas, 
em oceano em dó, que me refaz ...


Com um otimismo ímpar,
transbordando de satisfação 
eu tento abordar e elaborar,
as notas que compõe a paz do coração .


Sinto a pureza banhar-me de suor.
com pura salinidade do mar.
Ouço as ondas ecoando do si ao dó,
o Poetinha canta e eu danço. Saravá !


E o sentimento emana em meu peito,
tal qual a cadência da canção, 
uma reprodução do sentir no leito,
na pele e n’ alma a mais profunda emoção .


A melodia flui tal qual mar na areia se derramando,
tocando os pés, as preces, o samba e o coração. 
Em conjunto com um mundo absolutamente insano,
filha da verve, irmã da imaginação...!


Saravá!






Bia Cunha, Angela Chagas, André Anlub e Diná Fernandes

MEDITAÇÃO


Nem sempre o que eu posso é devido
preciso estar atenta aos sinais 
Nada na vida é total desconhecido,
os códigos são verídicos, e não banais. 


Algumas vezes, por ato desmedido
colhemos desventuras, muitos ais 
pois tudo que eu vivo é sentido,
intenso e não vou esquecer jamais! 


Levarei um viver descontraído
buscando equilíbrio, encontrarei a paz 
em qualquer situação eu acredito
estarei envolvida em algo mais... 


Pois agora, no que posso, medito
se é correto ou se me será mordaz 
Que eu receba por mérito
O que me seja eficaz... !


Lena Ferreira, Ana Luiza, Angela Chagas & Diná Fernandes

sexta-feira, 27 de julho de 2012

TURBILHÃO





São cacos, sim. Cacos
que brilham ao chão 
Turbilhão, tubarão
Caçadores de mim 

A vaidade não me impele
Minha idade, um querubim 
Em sonhos me revele
voar para além do fim 

São sonhos, sim. Sonhos
que navegam pra fora da escuridão 
Intenso e extenso, em puro lume
Vagalumes risonhos 

Levo no meu cajado rebanhos
Permito-me à imaginação 
semeio contos, romances e ilusão
e colho estrelas com brilhos tantos 

Constelo um novo céu
que na retina se refaz
Volto então ao turbilhão
Aos anjos e luzes 

No papel o fel da plenitude
Vasto na embriaguez ao léu 
Abro mares intensos, 
correm todos os eus, escarcéu 

arranha-céu de folhas desnudas,
regadas de tinta e sal 
Novamente os cacos e sonhos
cruzam minha incerta estrada 

O perdão de fala abrupta
Sinceridade exposta nessa caminhada 
Assento em calmaria a brasa
para aquecer o frio, a queda, toda jornada 

Substituo frases, texto e poemas
por silêncio, mantra e um sorriso 
Acompanhada de mim sigo
encerrando aqui o turbilhão de teoremas 


André Anlub e Bia Cunha

quinta-feira, 26 de julho de 2012

CONTEMPLAÇÃO




O tempo, implacável, não espera;
eu espero, sempre um novo tempo
com ares novos, outra atmosfera... 

Conto os dias em que a primavera
me trará seu perfume com o vento
enquanto isso, minha alma pondera...

Me encanto com o infinito e contemplo 

a natureza,  dando o seu exemplo. 

Cleusa Sostab & Lena Ferreira

É PRECISO SONHAR



Nem é preciso dormir pra sonhar
Os sonhos nos chegam a todo instante
Como um sopro da brisa no mar
Ou como ondas, num vai-vem constante

Chegam através de um belo luar
Por seu brilho incandescente
Chegam com o sol, no seu despertar
E num sorriso de gente contente

Nem é preciso dormir pra sonhar
Pois, do sonho, a nossa vida carece
É a ventura que faz a alma levitar
Coragem que doa a quem merece

Quem não sonha, pode acreditar
Não vive, simplesmente padece
Perde o momento exato de organizar
Os anseios que nunca se esquece

AUTORES:
Cleusa Sotsab, Lena Ferreira,
Angela Chagas & Telma Moreira

quarta-feira, 25 de julho de 2012

DISTANTES




O meu olhar pede que vos veja,
Amor distante, amor desejado...
Nesta solidão em ardente estado
Que na noite ela tanto vos deseja.                 (MNunes)

O meu coração fraquinho lateja,
É tanta saudade que bate amuado,
Querendo e querendo-te a meu lado,
Eternamente, um segundo que seja.             (Lena)
Sentindo o meu  coração abalado,
Nós em pensamento,  juntos, amantes
Destruímos barreiras tal sonho, sonhado,    (Helena)

Por entre sonhos d`amor constantes,
Que avivam nosso fogo incendiado,
Pela chama que nos consome distantes.     (MNunes)


©direitos reservados

RADIOGRAFIA DIÁRIA




Ao fim do dia, refaço mentalmente
todos os meus passos, então reflito:
Poderia ter sido diferente?
Será que provoquei algum conflito?  

Me ocorre um pensamento aflito
que, muito, me deixa descontente:
quantas vezes se comete o delito
do 'olho por olho, dente por dente'

De minh'alma, faço uma  radiografia,
analiso os passos espirituais
No perdão que peço, vai-se a agonia
consciente, procuro não errar mais. 

E assim, tento seguir em harmonia,
ser branda nas atitudes atuais.
Mudar minha noite em dia,
ser mensageiro de luz e paz.


Lena Ferreira, Cleusa Sotsab, Gustavo Drummond & Telma Moreira

segunda-feira, 23 de julho de 2012

QUESTIONAMENTOS



Não sei se calo ou se digo
não sei se ando ou se paro
se ando, por onde prossigo,
em busca de amparo?

Não sei se ligo ou desligo
a luz, já que está tão claro
se desligo, haverá perigo,
se para o claro eu me preparo?

Eu não sei mais o que fazer...
alguém poderia me dizer?
alguém poderia me ajudar?

Preciso, enfim, compreender
se há luz para me defender
ou o sombrio para decifrar...

Lena Ferreira & Angela Chagas

MANHÃ ENSOLARADA



Ah, calor que emana de um dia dourado
de um sol acanhado, mas encantado
Passei por tantos dias frios e tristonhos
que resfriaram-se os versos que componho

Resfriou-se também a minha morada
onde fica contida a minha fantasia
A fria cabana , meu amor, felicidade sonhada
corpos aquecidos, corações em sintonia

Mas hoje ela está tão ensolarada
que aqueceu minha vida e minha poesia
preencheu de luz a bela alvorada
avivou as plantas e flores com sua energia

E o rio que corre livre lá fora
canta a beleza da vida que passa
e ao nascer de cada aurora
brindo a vida em verso e prosa

Angela Chagas, Lena Ferreira, Diná Fernandes & Amélia Veloso

domingo, 22 de julho de 2012

SONHANDO EM VERSOS





Solto o meu verso e vou, te olhando.
Canto meu poema e vou, sentindo.
Teus lábios se rasgando, sorrindo.
E aqui estou, cativo a ti e te amando!            (MNunes

Sono inverso, assim vou sonhando
Com os teus  fortes braços me cobrindo
Na ternura de um abraço, assim, infindo
E ao pé do meu ouvido, sussurrando.          (Lena)

Sussurros d`amor eu vou murmurando,
Nos versos o desejo vai surgindo,
E o sentimento se vai declamando...            (MNunes)

Suave, sua imagem vai sumindo
Enquanto meu amor vou declarando
- Sonho acordado ou estou dormindo?       (Lena)


©direitos reservados

sexta-feira, 20 de julho de 2012

DIAS NEBULOSOS



Dias frios, aqui sozinha, em busca de um ninho
Procurando o aquecimento natural
Nos braços que, repletos de carinho,
Possam amenizar esta solidão abissal

Dias nebulosos cortam da alma o coração.
Quero dias coloridos com o arrebol
Já não suporto esta estranha sensação
Lágrimas encharcando fronha e lençol

Dias próprios para um aconchego
Frio cortante, eu penso em algo diferente
Desejo muito o doce e belo sossego
Não gostaria de estar assim tão descrente.

Adoraria sentir novamente o gosto de amar
Agnóstica eu sou, sem perder a ternura 
Sei que nos sonhos vou encontrar
A paixão que será realmente a minha cura. 

Angela Chagas, Lena Ferreira, Diná Fernandes & Dhenova

quarta-feira, 18 de julho de 2012

VARRENDO VELHOS VALORES - TAUTOGRAMA EM "V"



Vamos varrer velhos valores
vencidos, velhacos, venais
vergando vozes voluntárias
vamos vassouras, ventania
vasculhemos vãos, vamos! 

Valentemente varreremos
vampirismo, vaidade
vacilação, velhaco,venoso
vassalo vaselina... 

Vejo viabilidades ,
viáveis vicissitudes,
vontades vorazes vencedoras
voejam, velejam , vagam
vou vivendo, vagando 

Vigorará valioso verbo
vertendo verdade veloz
viver varrendo veneno
virose vampiro voraz 

Vândalos, vida vadia
vagabundos violam
vertem vermes, veneno vital
Valha-me! 

Vangloriosas virtudes
Vaivens, variantes
Vitórias versejas
Veemência...viveremos!

Lena Ferreira, Angela Chagas & Diná Fernandes

MENTORA - TAUTOGRAMA EM "M"

Mesmo mantendo medo
memorizo melhor momento
mas mantenho milho moendo,
meu monopólio modorrento...

Mesmo maquiando minhas muitas maluquices,
Mostro-me maravilhosa,
Meneio madeixas.
Moça moderna, malvada , marcante ,
Manipulo mentirosos moços

Me mata monotonia!
Mesmice moderna
Marcha medrosa, morna;
Mandando miastenia.
Marasmo, mirrando mente,
Mesclando mechas,
Murchando meus músculos...
Mexo-me musicalmente
Mudo monotonia.

Mulher, menina, maravilhosa.
Meiguice morena, mantedora.
Mola mestra, mimosa.
Mãe, Mel, Mentora!



Marisa Schmidt, Diná Fernandes, Cleusa Sotsab, Angela Chagas

MEU MESTRE - TAUTOGRAMA EM "M"




Meu Mestre,
Meu melhor mensageiro,
Mitiga minhas mágoas, medos,
Motiva minhas mornas manhãs.

Mensageiro meu
mostra melhores motivos,
macerando minhas mágoas,
minimiza mansamente,
meus murmúrios, meus martírios.

Meu mercador,
mova-se mutante,
misturando mágicas,
memorizando medos,
mais movimentos, menos mordaças.

Mascarados mobilizam, matam,
Machucam mulheres,
Mundo monstruoso, massacrante,
Monstruosa morbidade.

Meninos morrem mutilados
malogros, malícias, malandragem
menosprezando mensagem
merecendo, muito, muito milagre;
mudança, Mestre, mudança!

Meu Mestre
meu maior motivo
mostra-me meu melhor
mensageiro ,ministro,
minha magia maravilhosa...Milagrosa!

Diná Fernandes, Lena Ferreria, Gustavo Drummond, Angela Chagas

OUSADIA


E quando o vento sopra no meu rosto
Acende uma lembrança, tão esquecida
Enamoro-me tão facilmente e gosto
Da brisa suave, por mim embevecida

Logo se aproxima o mês de agosto
Que marca a nossa triste despedida
Uma melodia no ar, um verso solto,
Tênue carícia que recolhe a vida.

E a saudade outra vez toma seu posto
Lava-me o rosto em lágrima sofrida
Repudio esse tempo do desgosto,
Com ousadia, dou novo sentido à vida


Lena Ferreira, Angela Chagas, Ana Luiza, Telma Moreira & Diná Fernandes


segunda-feira, 16 de julho de 2012

ESPERANÇAS E EXPERIÊNCIAS



Houve um tempo que eu sentia esperança
e cria que todos mereciam ter seu crédito 
vivia feliz, em tudo havia fé e confiança,
a toda falha, meu coração dava um mérito 

Atenta à realidade, observei a desconfiança
entre o tempo atual e o pretérito...
de como, ingênua tal qual uma criança
vivia a jubilar a quem carecia demérito 

Mas as coisas mudaram, rugas deram as caras
e nas falhas achei minhas forças 
com a experiência, a visão faz-me mais clara;
hoje não há mal que me atinja por mais que torças

Vania Viana, Telma Moreira, Diná Fernandes, Lena Ferreira & André Anlub 

domingo, 15 de julho de 2012

DEUS GREGO



Até parece mentira mas encontrei o meu Deus
Ele era meigo, com olhos cor de mel
Um misto de mito grego; Apolo com Zeus
Retirou dos meus tristes olhos o negro véu

Adoçou-me com carinhos tantos
Adormeceu em meus macios lençóis
Sonhamos, juntos, em encantos
Colhendo as estrelas, acordamos sóis

Fez da minha vida só encantamentos
cunhou um relicário de amor eterno
Desvirginou-me tolos sentimentos
resgatou-me de vez deste inferno

Despeço-me dos áridos momentos
Com os deuses degusto um bom falerno
Refresco-me agora nesses bons ventos
Que derretem o gelo desse meu inverno

Angela Chagas, Lena Ferreira, Dhenova & Diná Fernandes

sábado, 14 de julho de 2012

DUELANDO COM A VIDA




Se eu soubesse que não existia amor,
talvez eu não sofresse tanto,
talvez não sentiria essa enorme dor,
que me deixa amuada no canto...

Se eu soubesses que o amor causa dor,
meu coração eu trancaria.
Viveria do encanto da flor
belas rosas eu plantaria...

Se eu soubesse o segredo dos sentimentos,
faria da vida um canto , um romance, um conto.
Daria aos meus preciosos momentos,
motivos para viver um novo contexto...

Se eu soubesse de tudo um pouco.
Com certeza a vida seria perfeita.
Sendo humano, sou um tanto louco,
num duelo constante com essa vida imperfeita!

Angela Chagas, Lena Ferreira, Diná Fernandes & Gustavo Drummond

VERSEJAR DE LUZ



Chuva chega, a terra molha
e perfuma-me de poesia 
brisa sopra, tristeza desfolha
dando lugar a essa alegria 

No galho mais alto da roseira
deslumbrada, sorri a rosa 
a bela e delicada da floreira
floresce repleta de prosa 

Chuva parte dando lugar ao sol
seus raios inebriam e perfumam 
o mais apaixonante e belo arrebol
são eles eloquentes e vibram 

Na construção de um versejar de luz
harmonioso, que a vida fascina
na certeza que tudo o que me conduz
para a vida que enfim,me ilumina

Bia Cunha, Lena Ferreira, Saura & Angela Chagas

sexta-feira, 13 de julho de 2012

CANÇÃO AO LUAR



Escrava de tão sentida saudade
Quisera ter asas de águia
Quisera ter olhos de lince e a verdade
Apurar e pelo infinito voar e te observar.

Escrava desse amor distante, que maldade,
Contida, num constante analisar
Esta dor que me invade em pura crueldade...
Uma canção, ao longe, chega para amenizar.

Tocando em meus ouvidos com suavidade
É uma canção tão doce que vem lá do mar
Repercutindo por quintais, aldeias, cidades.

É um som serenado pelas ondas da cumplicidade
Que, acendendo as lembranças do nosso amar 
Me diz: sou pescador que toca te trazendo o luar 

Nelminha Barbosa, Angela Chagas, Diná Fernandes, Lena Ferreira, Gustavo Drummond e Bia Cunha

quinta-feira, 12 de julho de 2012

PLENITUDE




Quero o sol enquadrado numa tela
Quero um turbilhão de ideias coloridas 
Muitos tons nos pincéis  de aquarela
Belas imagens de emoções vividas.   

Quero o brilho da lua em minha janela 
Quero ver sorrindo as estrelas entristecidas 
E saber que enfim terei minha parcela 
De receber aquilo  do que sou merecida.

Quero ter poesia, qual sentinela  
E não sentir-me mais oprimida 
Nem viver sofrendo nenhuma mazela...
Me fartar de todo  amor e plena vida.

Dhenova, Diná Fernandes, Lena Ferreira, Cleusa Sotsab, Vania Viana & Gustavo Drummond

quarta-feira, 11 de julho de 2012

SONETO DA SEDUÇÃO





Aqui me tens poesia para te afagar,
Sentires o soneto dos meus dedos,
Por entre teus íntimos segredos,
No mais libido verso puro a te amar.      (MNunes)

Subir aos céus e  às núvens te levar,
Envolvendo no verso nossos medos,
Diluídos no mais belo dos enredos
Entre risos e lágrimas a pairar.                (Helena)

Depois, juntos, voar até o infinito
E ver que tudo fica mais bonito,
Quando se tem amor no coração...          (Lena)

Oh amor, que d`amor eu tenho dito
Nos puros versos d`amor que repito,
Quando se tem a pureza da sedução!    (MNunes)


©direitos reservados

ENQUANTO VOCÊ DORMIA




Enquanto você dormia
meu coração sofria 
se contorcendo em dor
pela falta do seu amor 


E nessa fria solidão
carente da sua atenção
a lua aparecia e iluminava o seu sono
enquanto você dormia 


Sobre seu corpo marfim
meu olhar gotejava carinho
no epicentro de seu âmago, enfim,
almas em comum, corações vizinhos


 Inventei um belo jardim
em desvelos, bem de mansinho
mais um sonho que chegou ao fim;
 mesmo juntos, sinto-me sozinho 


Angela Chagas, Lena Ferreira, Diná Fernandes & Gustavo Drummond

terça-feira, 10 de julho de 2012

NEBLINA FRIA



A neblina fria molha o chão de terra
perfuma a colina com a brisa
irriga a semente e fortifica
as raízes tenras do que há por vir

A neblina fria esquenta os vulcões de poesia
vem nos presentear todos os dias
com intensa inspiração e doce harmonia
derretendo um pouco de si em lavas arrefecidas

A neblina fria liberta os corações de melancolias
espaça o tempo em que estivemos sem abrigo
fecunda a'lma, fermenta o vinho, robustece o trigo
e anima meus passos com os quais, confiante, sigo.

A neblina fria encobre os raios do sol
mas são claros os traços do meu rumo
logo, logo eu retorno em um novo prumo 
por uma paisagem suave e morna além de mim 

Dhenova, Bia Cunha, Angela Chagas, Lena Ferreira, Diná Fernandes & Gustavo Drummond

segunda-feira, 9 de julho de 2012

BEIJO E FLOR



Entre
Caça ou caçador
Escolho
Beijo e flor.

Crente
Na força e ousadia,
Colho
Vida e presente.

Contente
Com versos e poesias,
Sorvo
Rimas, alegrias e sementes.

Ciente
Da missão abençoada
Semeio
Verbos e ventos férteis.

Reverente
Sensação e suavidade
Passeio
Olhares e vozes silentes.

Persistente
Beijo a flor
Do meu amor
E sigo, pacientemente.

Bia Cunha, Gustavo Drummond, Lena Ferreira & Angela Chagas

O CALOR DA ESPERANÇA




Sóis a sós passei, por tanto tempo
sentindo uma saudade tão cortante
Busquei algo que servisse de passatempo
para aliviar a lembrança do amante...

E vieram as aves da invernada, o frio,
a falta, que acoitaram sem piedade;
antecipando este meu dormente estio
já não enxergo nada mais com claridade,

Só vejo o lado escuro dentro do obscuro,
O âmago da saudade dolorida e odiada.
Um verso arredio escorre, tão impuro
Trazendo o gosto da alma amargurada

Dos tantos sóis, testemunhas de minha angústia
Um deles trouxe-me o calor da esperança
Trouxe também ao meu coração paciência
e a brisa suave aromática da lembrança!

Lena Ferreira, Angela Chagas, Vania Viana, Gustavo Drummond & Nelminha Barbosa

sexta-feira, 6 de julho de 2012

RELICÁRIO


Guarda-me um pedaço de ti para mim
Guarda-me sentimentos e não lamentos.
Guarda o nosso princípio sem que haja fim
Guarda a brisa dos meus beijos e não os ventos.

E guardo-te como uma joia rara em meu relicário
Abrigo do teu amor que te acolhe com paixão.
Sirva-me com teus carinhos, mesmo que retardio
Acolha-me em teus braços com todos os frissons .

E assim, propagaremos em uma viva chama
Que arde em cada peito mas não queima.
Enfim, voaremos em um táxi lunar turbinado,
Esculpiremos o sentimento em realidade palpável.

Angela Chagas, Lena Ferreira, Diná Fernandes & Gustavo Drummond