segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A POESIA PEDE TEMPO

A POESIA PEDE TEMPO

Toque-me com doçura!

Dai-me tempo para nascer
Ajuda-me com os ponteiros
Há flechas querendo amanhecer...

Sinta-me com tranquilidade
Permita que sua mente divague
Pelas mais vastas paragens
E na volta, que, enfim, deságue

Deixa-me ser riacho antes de rio!
Sorriso antes de gargalhada!
Encanto antes de paixão...
Palavra antes do não! Deixa?

Dai-me uma folha em branco
E brincarei com as letras, bem feliz
Desenharemos os sentires francos
Utilizando, da alma, o matiz!

Tudo o que imploro é calma!
Um pedacinho de seu tempo...
Sou poesia! ampulheta e magia
Rabiscando a palheta do intento.

Márcia Poesia de Sá e Lena Ferreira

TEMPO PRECISO


Envolta em brumas, a minha alma,
percorrendo pelas noites, tão sozinha,
imersa neste caos, perde a sua calma.
Em meu peito, deixa a dor só minha...
.
É quando a saudade ali se aninha,
Arrepiando a pele, acorda o trauma.
Nos olhos, um denso breu se avizinha
acelerando o coração em pulso-palma...
.
Com o olhar, já fixo naquela estrada,
no fim da linha, eu encontro uma luz.
Estarei à sua espera, nesta cavalgada,
por sua imagem, que tanto me seduz...
.
Hei de esperar-lhe até o tempo preciso
pronta a perdoar os nossos deslizes
Transformaremos o inferno em paraíso
e seremos, novamente, muito felizes...
.
Lena Ferreira e Marieta Belo Genofre

domingo, 27 de outubro de 2013

VOLITAR


VOLITAR

Tremulei como folhas ao vento

Ao sabor deste me deixei levar
Suave volitar, asas de borboletas
mergulhei profundo, no teu doce olhar.

Em beijos delicados, a brisa leve me abraça
Acaricia minha derme a me agasalhar
Alvoroçados pensamentos, minha mente laça
Um laço de fita vermelho grená.

Enfeitada a lua, navega ao mar
recolhe das ondas, espumas purpurinadas
adorna o leito, berço do amar.

(Aglaure Martins, Virginia Jota Jota e Lena Ferreira)