sábado, 30 de junho de 2012

ENTRE ASTROS E VERSOS



Entre espaçadas escamas,
Das nuvens que se aglutinam
surge a lua exuberante...

Feixes purpurinados, derrama
nas puras e apaixonadas retinas
enchendo o peito dos amantes.

Mar de sentimento em chamas,
o céu sem becos se desatina,
eternizando o atual instante.

Firmamento estrelado com brilho,retoma
e proporciona em mim uma calma que fascina
emoções que banham à minh”alma, cintilante.

Deitada na areia, faço versos em redoma
protejo meus segredos que assim se descortinam
buscando ensolarar um amanhecer constante ...

Saboreio água de coco e revigoro a energia, que emana
uma vontade louca... e libera adrenalina
sigo iluminada pelo brilho do sol, fascinante...!

Nelminha, Lena Ferreira, Gustavo Dummond e Angela Chagas

TRANSCENDENTAL



A felicidade bate a minha porta
mas a tranca não se abre ...
quem sabe a chave esteja torta
busco uma outra; quem sabe
ou poderá me dizer?
a janela abre sem bater

Antes que o meu céu desabe
antes de tudo escurecer
faço da minha vida vernissage
para a minha alegria renascer

E antes que este dia acabe
vejo uma nova chance aparecer
Este bem, se expanda, se propague
Possa espiritualmente crescer.

Angela Chagas, Gustavo Drummond e Lena Ferreira

quarta-feira, 27 de junho de 2012

CALMARIA




Há um verso guardado no meu peito
Calado, escondido em algum canto
Que alucina, dói; ilimitado efeito,
É tão bom, estigmatiza tanto

Esse verso nasceu meio sem jeito
Apaziguando aquele antigo pranto
Aclarando e serenando o meu leito
Para que eu possa dormir em paz 

Então me deito e em silêncio abraço
A esperança que me faz capaz
A envolvo com algemas, teias e laços,
Num hiato de inexistente paz.

Lena Ferreira, Gustavo Drummond & Angela Chagas

terça-feira, 26 de junho de 2012

ENIGMA


Sem palavra, sem linhas
cem linhas mudas, desnudas 
segredo silente se alinha
enquanto tua alma não mudas 


Sem limites para tréguas
cem espíritos aguardando 
sutilezas não têm réguas
pensamento vai mudando 


Sem paciência para a labuta
almas silenciosas e aflitas 
Calmamente o olhar escuta,
a mente nublada ,a vida agita


Sem causa nobre se assustam
na lida, em busca de vitórias 
a palavra bendita, não escutam
travam guerras fúteis, inglórias 


Enfim, as linhas tomam as suas vestes
silencioso ,o enigma se desfaz 
Enfim a vontade louca e inconteste,
atroz, viciante, erma; que me apraz!


Bia Cunha, Lena Ferreira, Angela Chagas e Gustavo Drummond

domingo, 24 de junho de 2012

DIA DE DOMINGO




Domingo, desopilação total
Os poetas em recesso?
Sol indeciso, alegria vigora,
Bando de crianças elétricas.
Um vento preguiçoso convida
Para a rede antes do almoço
E bem acompanhado (a)
O melhor vem depois...
Vislumbrar um lago cristalino,
E aquele momento impactante
Uma música nativa ecoa,
Nuvens bailam desenhando
Rostos de deuses abandonados
Rastros de festa, restos de feira,
Folguedo de rosas cantando
Ciranda, na beira do mar

Diná Fernandes, Gustavo Drummond & Lena Ferreira

sábado, 23 de junho de 2012

LÁGRIMAS EDIFICADAS



Palavras desconexas do ontem,
Os risos sarcásticos engolidos,
Memórias avessas em desordem,
Lágrimas sólidas edificadas. 

Envolvo num clâmide
Meu petrificado coração.
Destruindo a pirâmide
Que confunde-me a razão 

E me calo num ato de introspeção,
Fatiando e expurgando sentimentos.
Em volta, nada esboça reação
Só o silêncio que dança com o vento 

E as palavras embargadas
Impotentes ante o silêncio
Morrem todas, afogadas
Dentro do meu peito pênsil 



Diná Fernandes, Gustavo Drummond & Lena Ferreira

sexta-feira, 22 de junho de 2012

ÊXTASE




Quero a tua pele macia beijar
e sentir o aroma das flores 
feito leve onda que vem do mar
na perfeita mistura dos sabores


Quero sentir o gosto do pecado
e contigo me embriagar... 
ser um minúsculo inseto alado
e por sua anatomia passear.


Quero desvendar com desvelo
o teu corpo, enfim, desnudar...
e com o meu corpo, aquecê-lo
extasiando-nos em muito amar 


Ah, como eu quero encontrar
um meio, talvez um segredo, e enfim, 
contigo poder compartilhar
o tanto de amor que existe em mim...


Angela Chagas, Nelminha Barbosa, Gustavo Drummond & Lena Ferreira

quinta-feira, 21 de junho de 2012

CONSTRUINDO ESTRELAS






Quisera saber construir estrelas 
e com elas polvilhar o teu céu 
e assim, simplesmente sê-las (Bia)
brilhando e despindo teu véu 


E ao ver-te desnuda,
delimito todo o teu corpo... 
esquenta tudo e deus me acuda
o pensamento nada torto 


Fluem livres e intensos
meus desejos libidinosos
Amar-te é tudo e já não penso
em destecer os versos indecorosos 


Seguirei escrevendo-os, ardentes
como o calor da mais alta chama 
com o brilho de almas candentes
os nossos desejos que, o amor, emana!


Angela Chagas, Diná Fernandes, Bia Cunha e Lena Ferreira

VOO POÉTICO




Voo Poético...


Por detrás daquele cercado, em que meus olhos fascinam em contemplação. Há um mundo diferente e leve e perfumado. Pressinto que sobre o chão há folhas secas rodopiando a escuridão, faiscando luzes emocionadas de boas recordações... Vislumbro imensas sensações...
Um mormaço inexplicável, um tempo modorrento em plena madrugada, e eu conversávamos com a lua, contei-lhe que sentia desejo de aprender a voar, e lhe pedi que me dessas asas, - ela então me respondeu...
- Voe menina, voe...lubrifique os seus pensamentos, aproveite o brilho das estrelas e busque a brisa suave da alvorada, para que assim possa vislumbrar com perfeição as noites apaixonadas de Outono...
Tomada de entusiasmo e deslumbramento coloquei-me a ensaiar como rodopiaria com minhas asas, das folha secas ornadas. Que desenho formaria eu no espaço entre os astros... 
Imaginei-me uma gaivota com voos rasantes riscando o céu com minhas asas de folhas outonais, renascendo e revestindo as árvores desnudas, parindo uma nova roupagem...
Descobri um mundo mais profundo. Cercado de luz, flores e amores... Compartilhei o brilho das estrelas, que juntamente à Lua iluminavam as minhas percepções... E nas asas da minha imaginação, eu criei uma bela utopia, que veio culminar com a minha mais pura alegria...
E o meu prodigioso desejo desfeito no ar como bolinhas de sabão nas mãos de uma criança. A vida segue, sonhos se vão ... mesmo assim, nas asas da poesia posso alçar meu voo... 
Como pássaro adentro o cercado e enamoro as flores, sugo toda sensibilidade das paixões. Moldo-me em beija-flor e te vejo sendo eu mesmo como expectador de minhas mutações, num lirismo inenarrável e tuas águas salgadas me banham e voo para a varando onde água foi posta para me seduzir, atrair meus sonhos, meus lampejos, meus desejos e alegrias... Em cada linha que desenrola não me saciar porque sou sedenta de Literatura... 


Bia Cunha, Diná Fernandes, Angela Chagas e Nelminha Barbosa

sexta-feira, 15 de junho de 2012

TEU OLHAR



Vislumbrei os teus olhos quando nos cruzamos na calçada, entre pernas e tantos desenganos, derramavam uma expressão delicada e comovente fazendo os meus estacionarem, um em cada canto.
Senti a emoção falar mais alto, teu olhar de tão límpido tocou a minh’alma, que ficou deveras encantada. Envolveu minhas entranha, sonhos e mente, silente, me disse coisas agradáveis, benignas; que fascinaram o meu viver, passei acreditar mais nos fatos e na existência do afeto ...te elevei a milésima potência, encantado, te dei valor, te fiz brilhante e cúmplice
Finalmente, destes vida ao nada do meu vazio,e, agora és o tudo do meu nada. Vislumbrei os teus olhos quando nos cruzamos novamente. Hoje, muito mais maravilhado e apaixonado. E, que prevaleça a intensidade,Alimento que nos faz ardentes 

Bia Cunha, Lena Ferreira, Angela Chagas, Gustavo Drummond e Diná Fernandes

terça-feira, 12 de junho de 2012

ENCONTRANDO A FELICIDADE




Pétalas espalhadas pelo chão
A cama, cuidadosamente enfeitada 
O amor transbordando no coração
E, no rosto, a expressão apaixonada.

Sinto coração preenchido de amor
A vida repleta de felicidade
A música, como se poderia supor,
Inundando as paredes da cidade.

Na escada, já posso ouvir seus passos
E quase estremeço com sua chegada 
Sinto a lua plena, abrindo espaço,
O gosto intrigante da pessoa amada.

Com as pétalas que espalham o seu olor
Em delírios com paixão e fidelidade 
Eu me entrego ao momento com fervor
Encontrando, nos seus braços, a felicidade.

Nelminha Barbosa, Lena Ferreira, Angela Chagas, Diná Fernandes e Gustavo Drummond

segunda-feira, 11 de junho de 2012

TONS DE AQUARELA


 
O sol brilhou, novamente
o meu coração explode em alegria
sorriso voltou e tão contente
contagiou, de novo, a minha poesia

Ele veio em formato de esperança
trouxe luz, amor e harmonia
acertou o compasso dessa dança
avivando, no peito, a alegria

Bronzeou as rimas por inteiro,
coloriu, avivou, deu tom e realce
semeou um poema verdadeiro
que o poeta colheu sem disfarce

Ofertou versos em belezas tantas
epopeias em cadências, as mais belas 
notas novas agora tingem sua garganta
pincelando o poema com tons de aquarela 

Angela Chagas, Lena Ferreira & Gustavo Drummond

sábado, 9 de junho de 2012

SOMANDO ESFORÇOS



Não deixe morrer este encantamento
que veio como luz nos versos teus
trazendo um brilho novo para os meus
que há muito só mostrava sofrimento.      (Camélia)
Cobrindo, com tamanho lenimento,
minh' alma, que passeava em breus
rogando, insistentemente, à Deus
que lhe brindasse com o livramento.           (Lena)
Com a magia do viver versando
em dueto com os teus belos versos 
vem a esperança em mim se renovando.     (Helena)
Muito me alegra ver, frequentemente,
o nosso povo no ideal imerso
de manter um Orkut inteligente -                  Diógenes

sexta-feira, 8 de junho de 2012

DOIS CORAÇÕES




Há dois corações desenhados na parede
e uma ilusão que apanha e apronta
ela chega e segue a rotina com sede
preciso encarar de vez essa tormenta

Há um peso que embala a rede
E como segredo o eu se esconde e sonha
Os desenhos permanecem na parede
Enquanto busco o enigma da façanha

Sem perceber, o meu eu se rende
e entrega meus segredos, sem barganha 
enquanto eu sonho ele se ofende
e não perde a ilusão, que ora se acanha

Há duas flechas ancoradas na esquina
e uma certeza que se expande e canta 
- enquanto lágrimas escorrem das retinas -
a ilusão nos corações, o amor suplanta 

Dhenova, Angela Chagas, Bia Cunha, Lena Ferreira & Gustavo Drummond

TRISTES MEMÓRIAS



Arranco as páginas do livro gasto
onde escrevi tão absurda estória
coloco minha água e meu pasto,
para saciar a incauta escória.

Lanço as sobras do verso casto
e me redimo da tarefa inglória  
reescrevo um novo mundo vasto
e me desapego das lembranças ilusórias 

Deito, num rio, as tristes memórias
que correm tranquilas enquanto me afasto 
faço de mim as sensações das vitórias
e procuro no íntimo a solidão, então me basto 

Lena Ferreira, Gustavo Drummond, Bia Cunha & Dhenova

terça-feira, 5 de junho de 2012

QUISERA


Quisera ser a luz do seu dia,
clarear a sua vida, ser o seu amor 
quisera ser motivo de alegria
poder curar, do seu peito, essa dor

Quiçá eu possa colher a lua
e presentear-te com seu brilho
ornar com tapete vermelho a rua
dourados versos como trilhos.

Quem sabe assim, enfim, consiga
ver, novamente, o seu sorriso,
deitar em seus lençóis e ouvir uma cantiga,
fazer amor gostoso; é tudo o que preciso

Angela Chagas, Lena Ferreira & Gustavo Drummond

SOBREVOO


Aninho, no meu peito, uma saudade.
tão grande, dolorida e cortante
bate a dúvida, há felicidade,
se meus anseios, anulastes?

Percorro quarto e sala de minh'alma
buscando a resposta mais sensata
viajo em meus pensamentos,com calma
descubro em mim, uma luz, uma sonata

E em notas delicadas, sinto o voo
de toda esta saudade que me corta
por entre nostalgias eu sobrevoo
e aporto num oceano que me aborta 

Lena Ferreira &  Angela Chagas

segunda-feira, 4 de junho de 2012

RESPOSTAS




Rasgo a folha em quatro
letras são arremessadas
busco o antigo retrato
para ter tolas respostas 

Olhando a foto e o fato
levo-me para um futuro
roto, mofo e amarrotado
se não freasse o passado 
 
Como numa encruzilhada
correndo atrás dos ventos
não vejo rumo na estrada
me perco em vãos pensamentos. 

Rasgo o fardo da escolha
cruzo os dedos nas costas
numa nova folha, em branco
encontro minhas respostas 

Dhenova, Lena Ferreira & TIAGILLA

domingo, 3 de junho de 2012

LUZ POEMA




Minha luz, tua luz, luz de todos
sem nós em nós e juntos
brilhará o universo imenso
em versos resplandecentes.

Resplandecentes a todo instante
agora muito mais que antes
tua luz reflete a minha luz
reflexos espalhados que seduz .

Seduz a todos em volta
a luz que vai e vem em nós
é o bem que bate volta
refletindo qual mil sóis.

Sóis, não brilharão por nós
na multidão, a dois ou a sós
o brilho vem do interior
é la que mora o amor em resplendor.

Lena Ferreira / Raquel Ordones

sábado, 2 de junho de 2012

POETAS NUM SÓ POEMA




Versando a emoção que a alma dita, 
Poetas vão seguindo o seu destino, 
Abrindo o coração, tal qual menino, 
Que brinca alegremente com a escrita.     (Lena

E esta é uma tarefa tão bendita, 
Lapida a nossa alma em ouro fino, 
É uma arte que nos serve como ensino, 
E cura para quem tem mente aflita.         (Camélia

Divagam sobre sentimentos vários, 
Percorrem em linhas, os itinerários, 
Deitando onde encontram a inspiração,   (Lena

E por entre versos extraordinários, 
Inspirados por sentimentos diários, 
Versam com alma o que vai no coração!  (MNunes)



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sexta-feira, 1 de junho de 2012

SAGA





Passo a passos largos pelo espaço
Que desagrade o meu olhar ressabiado 
Estreitos caminhos por onde passo,
Em busca de dardos, novos dados.

Peso o preço parco do meu cansaço
Que amiúda o compasso desregrado
Busco o endereço de meu espaço,
Que choque o mormaço anunciado

Prendo um pouco o atraso desse caso
Nas correntes do passado escravizado
Me liberto de consciência, nós  e laços,
Na origem do futuro tão esperado

Lena Ferreira & Gustavo Drummond

SAUDADE




Lá fora, a noite cai tão de repente, 
Trazendo a brisa fria de seus braços, 
Quem dera ter comigo os teus abraços, 
A envolver minh' alma eternamente...       (Lena

Lá fora, a Lua brilha apaixonadamente, 
A paixão dos pensamentos devassos, 
Da ausência dos suaves libidos traços, 
De seus lábios no meu corpo ardente...      (MNunes

Cá dentro, no meu canto, pulsa um peito 
Acelerado, produzindo efeito 
que descompassa o meu pensamento,         (Lena

Por entre a luz do amor que sou feito, 
E nas lágrimas de meu olhar... deito, 
A saudade do meu sentimento!                   (MNunes)




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