quinta-feira, 10 de junho de 2010

CHUVA DE VERSOS

Corisco riscando o asfalto,
o céu, de nuvens, deserto
atiçando o destino in[certo]
de asas que ousam o alto.

Trovões que estremecem o aço
e abrem frestas no paço.
Reis e rainhas sem laços
nas asas do pássaro dourado.

-Desgarrados, destemidos, predestinados...

Tempestade que abala estruturas
sacudindo, da mente, as pilastras,
fogo em palha que se alastra
voo in[certo] atingindo as alturas.

-Dos homens, das fases, das luas...

E o verso homérico desnudo
qual chuva de palavras latentes,
aguarda a estrela cadente
derramar o sentimento escuso.

-Dos vos enigmáticos in[seguros]

(Lena Ferreira & Aglaure Corrêa Martins)
- 09-06-2010 -

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