quarta-feira, 17 de abril de 2013

LIQUEFEITAS



Somos água, liquefeitas...Tanto mata, quanto mar!
Somos água, rarefeitas...Sede ingrata; tanto amar!

Há desertos nessas águas, ondas puras de memórias
pés incertos mas sem mágoas em lonjuras transitórias

Somos águas, somos vento! Maremotos em tantas horas..
somos água em movimento, escorrendo aqui e agora!

Viramos em cachoeiras, corredeiras, lagos e lagoas...
mergulhando em ribanceiras, tremedeira é coisa à toa

Tantas pedras, cascalhos e sons...só nos entoam ao ar...
conchas, marulhos, e tons... em loas ao verbo amar

Mesmo que este amar sedento nos leve em velas de vento,
mergulhamos, sempre fundo nesse mar de sentimentos


LIQUEFEITAS - Márcia Poesia de Sá & Lena Ferreira

2 comentários:

  1. Quando mentes poéticas se conectam, o resultado dessa sintonia é tão único que "tem-se a impressão de que apenas uma pessoa escreveu..." E foi o que ocorreu nessa lindo poema.

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  2. Roubei palavras de um livro, mas elas fugiram de mim. Questionamentos invadiram minha mente exclamativa.
    Fechei o livro o mais depressa que pude na esperança de detê-las... só me restaram as incoerências.

    (Agamenon Troyan)
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