sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

OUTRA CHAMA

Cheia de um vazio imenso
A aflição corroe meu peito
Causando inevitável efeito:
Alma, mente e corpo tensos...

Cheia de um grande vazio
Taça amarga já transborda
Comendo dores pela borda
Sinto meu verso por um fio...

Vejo a chama se apagando
Nas querências desse ardume
E uma tez que traz negrume
Sobrepõe a luz brilhando...

E então busco outra chama
Quero sempre em brilho estar
Minha paz vem no poema
Que acabei de recriar.

Lena Ferreira/Marçal Filho
Rio/Minas
15/01/10

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