terça-feira, 19 de outubro de 2010

ALQUEBRADA TERNURA


Gota de ciúme, pontas de saudade,
beijo guardado na lembrança.
Nada tão impermeável, nada tão perene.
Tudo tão solene, tudo tão desagradável.

No canto esquerdo, água turva...
nauseante que entorpece a calma.
Nada de cuidados com o verbo intransponível.

Ventos precipitam-se em borbulha,
assanham pensamentos pouco coerentes.
Vozes pairam silentes pelo imenso espaço,
vitrificando olhares e braços; todos tensos.

Palpável, a dor parece auxiliar a saga
de quem queria estar de outra forma;
talvez um pouco menos de amargura.

Amor quebrado tem dessas coisas,
faz tudo mexer estranhamente ...
embala noites e sonhos na saudade,
conduz a sinfonia estrídula no ciúme.

(Juleni Andrade & Lena Ferreira)

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