sábado, 2 de outubro de 2010

DÚLTIMO POEMA

Há uma palavra pendurada
na ponta da língua,
bêbada de medo
pela ausência
anunciada.

Alguma que, agora lembrada,
jazia. Que não se extinga
num quase segredo...
Resiliência
intentada.

Há uma aflição tamanha
no canto da alma
trêmula e tensa
pelo rumor
silente

que já se sente,
como um furor
na alma extensa
que perde a calma
no poema que já não canta.

Há um verso preso na garganta
há um verbo indizivel, indelével
há uma bruma; cortina de fumaça
há uma dor imensa que não passa...

Lena Ferreira & Ânderlo Strwsk

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