quarta-feira, 23 de junho de 2010

IMPACIENTEMENTE SEM RAZÃO

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Acenam-me as horas, calmamente
Como a debochar da minha impaciência
Logo eu, que tenho tanta urgência
Pela resposta prometida pelo tempo...
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Os ponteiros do relógio se arrastam
E, sorrindo, observam minha aflição
Tento ocupar a minha mente; é inútil
O tic-tac tão moroso me enlouquece...
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E assim tomado de urgente desafio
Por um fio abstenho-me de gritar
É que o tempo, por certo, indiferente
Escorrerá tranqüilo ignorando o desespero...
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Debalde meus apelos absurdos
Cada minuto é o encaixe do destino
E na verdade, não há porquê tanta fissura
Se a ternura definiu também, nosso caminho!
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Lena Ferreira/Marçal Filho
Rio/Minas. 22/06/2010

3 comentários:

  1. Uau! Que show!

    Parceria perfeita!
    Lindíssimo poema!
    Parabéns poetas!

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  2. Obrigada, Mary! É animador receber comentários assim! Beijos e volte sempre!

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  3. Que lindo! Adorei muito mesmo.

    A ternura por vezes nos faz continuar o caminho, mas que dá vontade de se perder isso todos temos.

    Beijo

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