quarta-feira, 18 de agosto de 2010

TERAPOESIA

Quando o vazio grita, ecoa
no escuro que cega e segue
pegadas pesadas
cansadas

um verso salgado
me aborta e liberta

exponho em letras
distintas
todo oceano
que ousou
me engolir

aliviando a angústia
em galope
que assalta-me o peito

porque as águas em mim
são marinhas e frias

e a poesia me fere
de dentro para fora

deixando a porta aberta
por onde a alma
quer

passar

Malu Sant'anna & Lena Ferreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário