sábado, 23 de junho de 2012

LÁGRIMAS EDIFICADAS



Palavras desconexas do ontem,
Os risos sarcásticos engolidos,
Memórias avessas em desordem,
Lágrimas sólidas edificadas. 

Envolvo num clâmide
Meu petrificado coração.
Destruindo a pirâmide
Que confunde-me a razão 

E me calo num ato de introspeção,
Fatiando e expurgando sentimentos.
Em volta, nada esboça reação
Só o silêncio que dança com o vento 

E as palavras embargadas
Impotentes ante o silêncio
Morrem todas, afogadas
Dentro do meu peito pênsil 



Diná Fernandes, Gustavo Drummond & Lena Ferreira

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