quinta-feira, 10 de maio de 2012

O BREU DO MEU CORAÇÃO



Naquela manhã de sol, meu corpo tremia,
a saudade batia, meus anseios,
a mente inquieta, a vontade temia,
a visão turva, o sol nem veio,

não aqueceu a alma minha que ia,
e que vinha em silêncio, trago alguns receios, 
no vão do coração que outrora inóspito,
agora preenchido de esperança e afago. 

Meu corpo frio desejava o seu.
Cobiçava um cotejo de saudade que doía.
Mesmo nessa manhã fria, longe do apogeu,
sinto a melancolia, clareza que se torna breu.

Minh’alma frígida, em sol, trago.
Em busca de momentos, ápices,
visto-me das mais belas faces,
meus disfarces, por hora, deixo de lado. 

Meu coração debruça onde fomos amantes.
Na noite e no dia, nos encontros outrora emocionantes,
quero tão somente fugir das ondas oscilantes,
enfim, submergir o silêncio e o breu do meu coração...

Angela Chagas, Gustavo Drumond, Bia Cunha & André Anlub

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