quarta-feira, 2 de maio de 2012

RETRATO FALADO




Quando dei por mim, foi que compreendi 
Que, dos nossos pais, somos mais que retratos e veias 
Somos uma caixinha de surpresa envolta de frenesi
Somos qual aranha que trama, com cuidado, suas teias 


Quando eu percebi, não quis encarar o espelho 
Temendo que ele me mostrasse a verdade dura 
Evitei, e antes que alguém intrometesse o bedelho 
Vi que refletia, não apenas uma simples criatura. 
 
Na verdade, uma pessoa que peleja e busca 
Pela luz que emana do auto-conhecimento 
Por sua garra,  que  paulatinamente ofusca 
 
 
Não está fadada a ficar de vez no esquecimento 
Dos nossos pais, as obras divinas permanecem 
Em minha alma seus passos e olhos me regem 

Angela Chagas, Bia Cunha, Lena Ferreira & TIAGILLA

4 comentários:

  1. Maravilha, lindo demais!
    É sempre um grande prazer, me envolver
    em sentimentos e criar versos encantados que regem a nossa alma!

    Beijos a todas!

    Angela Chagas

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  2. Eu sou suspeita porque adoro dar passos ao lado de amigas mestras encantadas. Sempre uma honra o suspiro, o sorriso, o bater de testas, o abraço incontido, a emoção nada efêmera, o ponto final, o sempre novo, a vontade, a persistência... Todos esses sentires criam ciclos para uma poesia pluri e singular ao mesmo tempo.

    O meu obrigada sempre!

    beijos

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  3. Para mim é um privilégio, ser incluida entre mestras, como voces. Tinha medo de incluir versos meus, nessa
    verdadeira plêiade, de poetisas.
    Honrada e agradecida estou!
    Beijos.

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  4. Honra minha poder contar com a cumplicidade de poetas tão competentes nessa troca quase que diária e tão necessária de aprendizado. Obrigada, queridas.

    Beijos.

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