sábado, 7 de novembro de 2009

O ATAQUE VORAZ

Na fineza deste sentir
Em mágico transporte
Sensualidade a imprimir
No duelo do mais forte

Minha alma te incompreende
Meu corpo tanto te busca
Em meu verso, tu se rende
Mas teu cheiro me ofusca

Dobrei-me às leis da tua carne
Convencido pelo teu perfume
Restou-me a roxa e nua epiderme
E a espera, em esperança vagalume

Em resposta a declaração tua
Todo meu corpo faz-se arrepio
O perfume da minha pele nua
Atacando-te a sangue-frio

Minha alma incompreendida
Desfila, fagueira, no corpo teu
Numa atitude voraz e atrevida
Enredando nada mais que é meu

Cenário refeito, em letras e história
Murmúrio de vozes cortando amplidões
Mantenho aquele ataque na memória

Agora, nas noites deste chão, noites serenas
A carne, ainda trêmula, único álibi, da verdade
Então, vou curtindo as loncas destas penas
Que se manearam comigo, na SAUDADE!

Decimar Biagini e Lena Ferreira

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