sábado, 7 de novembro de 2009

VERSO DISCREPANTE

Parece um verso perdido
Mas é o alívio do meu coração
Meu estulto lamento rimado
O meu pequeno sonho inacabado
Minha triste oblação.

Parece um canto aflito
Mas é o alento bendito
A toda minha consternação.
O que acarinha meu ser combalido
É este opresso verso descabido
Um pequeno laivo em minha solidão.

Parece um verbo discrepante
Mas é a certeza mais certa
Meu grito solitário e silencioso
Que liberta a dormente fera
Que habita silente em meu coração.


Parece um tanto com tudo
Mas é nada diante da guerra
Travada por armamento mudo
E eu sigo; caminho e contudo
Meu verso me rasga a razão...


Viviane Ramos & Lena Ferreira

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