quarta-feira, 4 de novembro de 2009

SAL DA VIDA

Colherei as cinzas do teu corpo
Guardarei cuidadosamente
Por um tempo, velarei teu pó
Pedirei asilo ao vento forte
Com o cântaro de ti nas mãos

Submeterei à decisão do tempo
Esperarei pelo certo momento
Serás agraciado com dádivas
Do mais puro e intenso amor
Com o sal da vida a te recolher

E quando a luz no vaso penetrar
De tão intensa, ele se romperá
E espalhará tua poeira ao vento
Voltando à terra, morada eterna

Terás o alento e o conforto
Da unidade, da integridade
Estarás no Todo, disperso
E completamente feliz!

( Lena Ferreira e Anorkinda )

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